Hoje varei a noite filosofando com o Domingos Pardal Braz e o amigo Douglas, professor de filosofia em Guarujá, acerca de vários assuntos: da religião ao materialismo dialético. E um dos temas interessantes, ao menos para mim foi o tema da mentira. Você deve estar se perguntando porque, né? Por que sou um mentiroso? Partindo da premissa do doutor House, eu sou mentiroso e você também, pois como ele sempre afirma: "Todos mentem".
A questão ou melhor as questões não abordam a mentira em si, mas por que mentimos e se a mentira é intrinsecamente má.
Por que mentimos? Mentimos por brincadeiras inocentes ou não, para obter vantagens, para prejudicar alguém e até mesmo para ajudar alguém! Às vezes nem sabemos que mentimos, porque mentimos inconscientemente. Exemplo? Mulheres usam voz mais aguda para conquistar homens que acham atraentes. Elas não fazem isso propositalmente, fazem inconscientemente, mentem sem saber que mentem.
A mentira é má e a verdade é boa? Esta pergunta sugere que a verdade é sempre boa e a mentira sempre má, mas não é bem assim. Às vezes a mentira pode ser boa e a verdade cruel. Nietzsche disse que a mentira de Arria foi uma mentira piedosa: "Paetus non dolet". "A mentira que saiu dos lábios de Arria ao morrer (Paete, non dolet [Paetus, não dói])117 ofusca todas as verdades que jamais foram ditas por moribundos". in Humano demasiado humano. Se não me engano este ano a presidente Dilma foi acusada de ter mentido para os militares, e ela mentiu com o objetivo de salvar seus amigos e companheiros e com essa mentira os salvou de serem torturados e mortos pela ditadura militar. ora, nesse caso a mentira foi boa porque preservou a vida de algumas pessoas e o bem supremo de um ser humano é a vida. Agora se ela contasse a verdade ela seria delatora, traidora e seus amigos e companheiros morreriam. Ora, como pode ser boa a verdade que leva à tortura e à morte e como pode ser má a mentira que pode salvar vidas? Deixo as questões para vocês responderem.
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