Ultimamente tenho lido Sêneca, e confesso que é uma leitura reconfortante, provocativa, além de ser uma senhora aula de história.
Sêneca era um filósofo estóico, seus escritos falam da importância de se aproveitar a vida, que uma vida longa não significa uma vida boa, enfim para Sêneca não importa a quantidade de anos de uma vida mas a qualidade dessa vida.
Sêneca era um filósofo pragmático, isto é, a filosofia só tem valor se tornar a pessoa melhor. Sêneca não gostava de Parmênides, Zenão, Protágoras e outros pensadores da antiguidade, que segundo ele se perdiam em devaneios. O filósofo também não gostava de literatura, de artes, pois de acordo com o seu pensamento, saber quantas pessoas Aquiles matou ou quantos versos tem a Ilíada não tem por objetivo tornar a vida melhor nem ajuda a confortar aqueles que buscam um sentido para suas existências.
Sêneca aprovava o suicídio e para ele o suicídio era não um ato de covardia mas de coragem ante as adveridades, pensava que uma vida infeliz não deveria ser vivida e covardes são aqueles que não tem a coragem de por um fim à vida ante um grande sofrimento.
A filosofia de Sêneca é toda pragmática e mesmo um leitor não acostumado com a filosofia pode ler tranquilamente a obra do filósofo, pois ele é claro, não está preocupado com a retórica, mas com o saber viver.
Em suas dissertações o leitor atento de Sêneca pode viajar à Roma Antiga através de seus escritos. O filósofo espanhol, fala de como era a vida dos escravos, de como viviam os ricos parasitas e de suas festas, fala de personagens ilustres entre outras coisas.
Se você quer uma leitura leve, rápida repleta de filosofia e onde possa aprender história, leia Sêneca, não vai se arrepender.
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